sábado, 23 de abril de 2016

Bom dia, bang bang!

Tudo parecia normal naquela manhã de segunda-feira. O céu estava limpo e ainda era possível ver as últimas estrelas brilhando muito timidamente entre um ou outro pequenino floco de nuvem branca, corria uma brisa agradável e misturado a essa brisa, canções de vários tipos de pássaros.
Pessoas iam de um lado para o outro ao seu próprio ritmo, algumas tomavam o rumo dos seus trabalhos, outras de suas escolas, não eram poucas as de maior idade cuidando da própria saúde por meio daquelas frágeis passadas, no entanto eram raros os chamados ''atletas amadores'', embora oferecesse aquela manhã condições propícias para uma baita de uma corrida, alí não se vira nenhum.
Como já era de se esperar, os portentosos comerciantes ergueram as portas dos seus estabelecimentos certos de que, ao final daquele dia, suas caixas registradoras estariam para lá de abarrotadas, literalmente cuspindo o que chamam de grana viva. Pilhas de jornais ocupavam quase todo o espaço no interior daquelas bancas cujos donos eram, em sua maioria, senhores sorridentes e bonachões. Nos balcões dos botequins, copos cheios de café preto acompanhavam os suculentos pães aquecidos a chapa e maços de cigarros do filtro amarelo, entre uma tragada e uma golada, seus apreciadores discutiam o futebol. Supermercados já se preparavam para atender seus clientes, nas portas das agências bancárias, pequenas filas já se formavam, os açougueiros já desciam as lâminas nas carnes e os bicheiros carimbos e canetas nos talões, até a turma da malandragem já começava a dar as caras.
O trânsito como sempre dava nó, a medida que o sol ia subindo os veículos iam se multiplicando e dessa maneira, os sons dos motores e gritos das buzinas, tomavam o ambiente antes ocupado pela cantoria dos pássaros....tudo parecia normal naquela manhã de segunda-feira se não fosse por aquele sujeito armado até os dentes.
Primeiro ele soube passar despercebido, a camiseta com a imagem do Papa Francisco somada ao terço que trazia no pescoço, davam à ele uma espécie de green card para ir e vir sem ser incomodado, então, para ele não foi nada difícil acessar aquele prédio cuja quantidade de pessoas naquela ocasião já era bastante razoável.
...........CONTINUA.

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